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Publicado em 2015-03-13

9º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global

26.02.2015 a 01.03.2015

Tal como tem vindo a acontecer nos últimos anos, o 9.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global (9ºCPH) culminou num grande sucesso, reflectido desde logo num novo recorde de inscrições (1347, 1319 dos quais levantaram as pastas, sendo mais de 350 de estrangeiros) e sobretudo pela presença massiva nas sessões (foi mesmo necessário aumentar as cadeiras em ambas as salas, que tinham inicialmente lotação para 320 e 360 lugares sentados, logo no final do primeiro dia de trabalhos) e pela participação activa dos congressistas na discussão. Uma vez mais apraz-nos registar a elevada percentagem de médicos jovens, em fase de formação pós-graduada (vulgo Internos de várias especialidades) e um aumento de inscrições de outros profissionais de saúde (técnicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, etc) espelhando a importância que a hipertensão (HTA) e o risco cardiovascular (RCV) têm na actividade diária desses profissionais.

O programa científico amplo e abrangente manteve a tónica nas sessões com elevado grau de interactividade (incluindo o uso de tele-voters) de carácter iminentemente prático vocacionadas para a prática clínica diária, numa perspectiva multidisciplinar para o que muito contribuíram as sessões conjuntas com várias sociedades científicas nacionais (Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Associação Portuguesa dos Nutricionistas, Sociedade Portuguesa de Cardiologia e Sociedade Portuguesa de Neurologia) e internacionais (Artery Society, Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Europeia de Hipertensão, Sociedade Húngara de Hipertensão). Tivemos também a honra e o privilégio de ter entre nós três personalidades de elevado mérito – verdadeiras lendas do conhecimento sobre HTA e RCV: Prof. Alberto Zanchetti, de Milão, Prof. Franz Messerli dos EUA e Prof. Peter Sleight do Reino Unido que nos brindaram com conferências fabulosas que muito contribuíram para o elevadíssimo nível científico do congresso, o qual foi reconhecido peloEuropean Board for Accreditation in Cardiology (EBAC) que pela primeira vez este ano atribuiu a acreditação a todo o congresso num total de 18 créditos. Destaque ainda para o Simpósio do Sal e apara a presentação dos resultados do inquérito levado a cabo pela SPH: Estudo sobre a Percepção da População sobre Hipertensão

Uma nota de júbilo pela elevadíssima adesão ao 4.º Curso de Pós-Graduação em Hipertensão Arterial que se tornou já um ícone do nosso congresso, com sessões totalmente lotadas e com uma participação activa muito marcada revelando uma apetência muto grande dos colegas por este formato que, em boa hora, a SPH delineou e tem vindo a aprimorar com os contributos de todos os que as frequentam. 

Ponto alto deste Congresso foi sem dúvida o Projecto Lusofonia que materializou um dos desideratos assumidos desta Direcção de estreitar laços de cooperação científica com os países de expressão portuguesa e que deixará uma marca indelével, estamos certos, não só nessas relações mas na própria SPH e no panorama dos congressos nacionais. Pela primeira vez, tanto quanto é do nosso conhecimento, uma reunião científica desta dimensão, pôde ser assistida (e participar activamente nas fases de discussão) simultaneamente e em tempo real em 7 cidades de 4 países de 3 continentes: Vilamoura, Portugal na Europa, Luanda, Angola e Maputo, Moçambique na África e Goiânia, Rio de Janeiro e Salvador da Baía, Brasil, América do Sul.

Em meu nome e em nome da Direcção da SPH quero novamente cumprimentar todos os que nos deram o privilégio de estar presentes, e reiterar os sinceros e sentidos agradecimentos a todos os que contribuíram para o programa como palestrantes, moderadores, comentadores, etc, e particularmente a todo os membros da Comissão Organizadora, na pessoa do seu presidente, Dr. Pedro Cunha, pelo forte empenhamento e pelo magnífico trabalho e que culminou numa reunião inolvidável.

Fernando Pinto
Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão
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